Gravidez Psicológica

Dores nos seios, seios maiores, barriga cresce, hormônios se alteram totalmente, pés incham, cólicas, todos os sintomas. Só falta uma coisa: um bebê. Sim, a gravidez psicológica é uma doença que existe. Realmente a mulher pode sentir todos os sintomas de uma gravidez sem que ela esteja realmente acontecendo? Mas porque isso ocorre? Como isso ocorre? É perigoso? Neste artigo vamos entender tudo sobre a gravidez psicológica, uma condição de saúde um pouco rara e chamada de Pseudocese.

Estima-se, hoje, que uma em cada 22 mil gestações seja uma gravidez psicológica. A idade mais comum para uma gravidez psicológica é na faixa dos 33 anos. No passado, parece, era uma situação mais comum, segundo registros. Inclusive um caso muito famoso foi da rainha da Inglaterra, Maria Tudor, que teve dois casos de gravidez psicológica e, em um deles, chegou ao trabalho de parto, mesmo sem ter batimentos cardíacos de um feto.

Gravidez Psicológica – O que é?

A gravidez psicológica é uma condição de saúde em que a mulher sente todos os sintomas de uma gravidez, sem ter realmente a gravidez acontecendo. O que ocorre é que a mulher começa a sentir os sintomas, como náuseas, fadiga, inchaço nos seios, pernas e pés, e sim, a barriga cresce. Então, claramente, ela vai ao médico, quando vai fazer o exame básico, o ultrassom, nada! Não aparece nada! Esta situação desesperadora é a chamada Pseudocese ou Gravidez Psicológica.

O cérebro irá responder ao estresse desenvolvendo a produção de hormônios como a prolactina e o LH, que estão diretamente ligados aos sintomas da gravidez. Muitas vezes os sintomas são tão convincentes que a mulher acaba não acreditando no exame. Com isso ela continua achando que está realmente grávida. Enquanto sua situação psicológica não se acertar, ela não irá deixar de acreditar nisto e os sintomas continuarão a existir. Ao contrário do que você pode estar imaginando, existem muitos casos em que a mulher continuou acreditando estar grávida mesmo após muitos anos.

O acúmulo de gases no intestino aumenta consideravelmente nesta situação. É exatamente este o motivo pelo qual o abdômen cresce e fica com a aparência de gravidez, como se realmente um feto estivesse crescendo ali dentro do útero.

O mais impressionante é que o teste de gravidez pode realmente dar um resultado de positivo, já que realmente ocorrem alterações hormonais fazendo com que o teste reconheça hormônios que só são produzidos na gravidez. Isso também é um dos motivos que fazem com que a mulher realmente acredite que está grávida e pare de comparecer ao médico e fazer o pré-natal.

Sintomas

São praticamente os mesmos de uma gravidez real. Podem durar os nove meses, ou até por anos. Incluindo:

  • Ciclo menstrual interrompido
  • Seios inchados (com produção de colostro, em alguns casos)
  • Náuseas e vômitos
  • Desejos alimentares
  • Dores nas costas, lombar e pernas
  • Cãibras
  • Sensação de movimento fetal
  • Ganho de peso
  • Abdômen aumentado
  • Cólicas abdominais parecidas com contrações

Causas

Ainda não foram realizados grandes estudos a respeito das causas desta condição. Isto porque é uma condição extremamente rara, dificultando estudos guiados com grupos controle e não controle. Entretanto há milhares de anos têm sido relatados casos de gravidez psicológicas. A medicina foi avançando e relatando os casos, cada vez mais chegando ao consenso das possíveis causas.

É provável que alguns casos sejam um resultado de um desejo absurdamente grande por engravidar. Algumas mulheres tentam por anos e anos engravidar e não conseguem. Algumas conseguem e acabam tendo abortos espontâneos subsequentes. Outras acabam perdendo seus bebês no momento do nascimento. O cérebro é realmente capaz de alterar a produção de hormônios do corpo inteiro para criar uma situação de gravidez, mesmo que não tenha um feto sendo formado no interior do útero.

Outra causa é quando a mulher passou por abusos sexuais quando mais nova. Também é uma causa totalmente psicológica, que acaba, sem intenção, alterando os hormônios corporais e causando essa situação clínica de gravidez psicológica. Traumas infantis, no geral, como pobreza extrema, traumas emocionais, e também problemas como depressão e outros distúrbios psicológicos podem desencadear uma gravidez psicológica.

Entretanto, alguns dos casos são realmente um resultado de um problema físico já existente no corpo, como é o caso de um tumor ovariano. Um tumor pode desencadear essas mudanças no corpo muito semelhantes a uma gravidez.

Mulheres que estão próximas á menopausa podem desenvolver alguns distúrbios psicológicos, como depressão. É muito comum. Nesta idade, mulheres com uma depressão estão muito propensas a desenvolverem um quadro de gravidez psicológica também.

Tratamentos

A gravidez é uma situação em que a mulher está totalmente focada em se relacionar com essa nova fase da sua vida. Em se conectar com seu bebê. Em entender como ser uma boa mãe. Em se preparar. É um momento emocionante e muito importante. Descobrir que tem uma gravidez falsa é a maior decepção que esta mulher pode ter na vida. Então, claramente, o tratamento psicológico e psiquiátrico é a parte mais importante para esta situação.

É uma situação muito delicada, difícil para a família, para a paciente, para os médicos e psicólogos. Isso se alia ao fato de que a causa muitas vezes é desconhecida. É sempre muito mais difícil tratar um problema de causa desconhecida. Em primeiro, o médico e a família deverão conseguir convencer a paciente de que ela está com uma gravidez psicológica. Nenhum feto se desenvolverá dentro de seu útero neste momento.

Depois disso, a terapia e o apoio emocional serão cruciais. A mãe precisará de muita força para passar por isso e conseguir aceitar o tratamento. O corpo não irá mudar a produção hormonal se a mãe não aceitar sua situação. Poucos medicamentos tem sido associados ao tratamento, já que a causa normalmente é psicológica. Entretanto alguns medicamentos que alteram a menstruação poderão ser usados.

Se um tumor ovariano for detectado, o tratamento deverá se iniciar por este. O tumor deverá ser eliminado. Isso vai depender do quão avançado ele está. O médico poderá soliticar a cirurgia para a remoção do tumor por completo, poderá indicar a quimioterapia ou também a radioterapia.

 
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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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