Lombalgia

A lombalgia, nome médico dado à dor na região lombar das costas, é uma das dores mais prevalentes em todo o mundo, principalmente na região ocidental, sendo que há uma estatística que revela que, durante suas vidas, cerca de setenta a oitenta e cinco por cento das pessoas desenvolverão lombalgia pelo menos em algum momento. Isso é um problema porque é uma condição que provoca uma grande incidência de procura aos médicos, além de ser uma causa de grandes gastos hospitalares.

Ademais, muitas pessoas que sofrem com esse problema acabam se tornando incapazes, o que é uma situação grave, devido ao fato de, no geral, esse problema atingir pessoas em plena idade produtiva, isto é, com idade igual ou inferior a quarenta e cinco anos. Isso gera um problema socioeconômico também, uma vez que pessoas que sofrem com esse problema, além de terem que custear os tratamentos, muitas vezes acabam tendo que se abster de trabalhar e, inclusive, algumas recebem pensão devido à incapacidade de trabalhar em decorrência da lombalgia.

A lombalgia também é a terceira causa de intervenções cirúrgicas devido a dores. A incidência de lombalgia é a mesma, tanto em homens quanto em mulheres, apesar de essa incidência sofrer alteração com relação à faixa etária, uma vez que pessoas do sexo feminino tendem a apresentar lombalgia após os sessenta anos, o que pode estar diretamente relacionado à maior ocorrência de osteoporose nessa população.

Sendo assim, a lombalgia é um problema que chega a atingir os três principais âmbitos que sustentam uma sociedade: o médico, o social e o industrial. De uma maneira geral, cerca de noventa por cento dos casos de lombalgia são chamados de casos autolimitados, isto é, quando a dor acaba passando após um curto período, que pode durar entre quatro a até sete semanas, após a utilização de algumas medicações e/ou de tratamentos específicos, que pode ser fisioterapia, por exemplo. Apesar disso, metade dessas pessoas que apresentam a chamada lombalgia aguda, que passa em poucas semanas, dentro de um ano, tendem a apresentar mais uma ocorrência de lombalgia.

Sendo assim, alguns dos pacientes podem acabar por desenvolver a chamada lombalgia crônica, o que representa uma percentagem que pode variar entre quarenta a quarenta e quatro por cento e, consequentemente, a percentagem de cirurgias devido às lombalgias, se enquadra dentro disso, o que dá cerca de um a três por cento de tratamentos operatórios nesses pacientes.

Uma das principais causas de lombalgia é a dor devido à protusões ou hérnias de disco que ocorrem na coluna lombar. As causas que tendem a se perpetuar, no geral, tratam-se de distúrbios de origem vascular, bem como de fatores psicossociais, além de alterações que envolvam a modulação neural central da dor. Alguns desses fatores geram a persistência da dor, mesmo que a causa primária tenha sido resolvida.

Para o desenvolvimento de lombalgia há alguns fatores de risco muito importantes, como questões posturais e principalmente ocupacionais, além das predisposições individuais de cada ser humano. Algumas das ocupações que auxiliam na culminação da lombalgia são os esforços sobre a coluna lombar, principalmente quando a pessoa realiza o movimento de se abaixar e se levantar, geralmente segurando algum peso em suas mãos. Outro fator é a permanência na posição sentada por muito tempo, o que é algo que se enquadra a cada dia mais em muitos indivíduos, seja devido à extensa rotina de trabalho em escritórios ou em carros, ou até mesmo na rotina dos estudos.

Há, ainda, alguns fatores de risco relacionados à estrutura corporal, como a obesidade, por exemplo, que não só traz os malefícios cardiovasculares, mas que também gera uma maior pressão, compressão e um maior esforço de musculatura, mas principalmente, de ossos e articulações, como a coluna lombar. A estatura também é algo que pode favorecer o desenvolvimento da lombalgia, uma vez que a altura é um fator que facilita o desenvolvimento da má postura. A fraqueza da musculatura, principalmente abdominal, também favorece a ocorrência de lombalgias, uma vez que, em contrapartida, provoca um maior esforço sobre a musculatura lombar.

Os tratamentos para a lombalgia vão variar não só de acordo com a duração e frequência da dor, mas também de acordo com a sua etiologia. Sendo assim, o ideal é que apenas um médico, de preferência especialista, é quem saberá definir o tratamento ideal para cada pessoa, uma vez que cada caso é um caso.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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