Tudo começou em final da década de 80 e começo da década de 90, ocasião em que se consolidava o SUS – Sistema Único de Saúde e através dele eram colhidas informações consistentes a cerca da saúde das famílias, ou seja, o agente de saúde comunitário teria a tarefa de colher informações a cerca do estado de saúde de sua comunidade. Sendo assim as pessoas que pretendiam desempenhar esta função necessitavam ser morador da rua, bairro ou região. Os requisitos básicos para a conquista do emprego eram manter um relacionamento bom com sua vizinhança e estar disponível para se dedicar a turnos de oito horas diárias, Trabalho Duro onde eram realizadas visitas domiciliares em busca de informações pertinentes sobre a saúde dos moradores da casa. Todo o trabalho era devidamente orientado e supervisionado por profissionais qualificados e devidamente habilitados para o exercício da profissão na Área Saúde, podendo ser médicos ou enfermeiros.
Mudanças
O orgão responsável pela normatização destes profissionais é o Ministério da Saúde, e como tal ele providenciou modificações no ano de 1994, ocasião em que foi criado o PSF – Programa Saúde Família. Desde então o agente comunitário da saúde pode ser engajado em situações distintas, ou seja, ele poderá ser vinculado a unidades básicas de saúde não organizadas de acordo com as perspectivas do PSF ou poderá estar vinculado as unidades básicas de saúde já como membro de uma equipe multiprofissional dentro dos moldes do PSF. Em ambos os casos o seu trabalho é de suma importância diante das diversas Doenças que assolam as comunidades de uma maneira geral, pois são os agentes comunitários de saúde que levam os esclarecimentos básicos à população disseminando idéias e conceitos a cerca da organização nas comunidades, da importância em lutar pelos seu espaço sempre com olhos nas melhorias de sua Qualidade de Vida e tendo como base que esta qualidade perpassa, necessariamente, pela questão da saúde, condições de higiene, saneamento básico, etc., além de muitas outras atribuições que lhe cabem como, por exemplo, as campanhas de Vacinação, etc.
Responsabilidades e Direitos
A responsabilidade atribuída a estes profissionais é bastante grande, pois em linhas gerais eles precisam conhecer a realidade de cada família de sua região de abrangência, em média cada agente tem que cuidar de 750 pessoas ou 150 famílias sobre as quais deverá saber reconhecer as doenças mais comuns, possibilidade de riscos a que estas pessoas podem estar sendo expostas como a Obesidade, problemas como Saúde e Saneamento, etc., frente a realidade em que estão inseridas, bem como estar atento as constantes modificações desta comunidade. Dentre as observações a serem feitas estão incluídas as questões de relacionamentos, violência doméstica, maus tratos a mulheres, crianças e ou idosos, etc. Tendo em vista que os direitos não são proporcionais as suas atribuições, estes agentes vem se mobilizando em defesa desta classe, sendo assim, recentemente foi aprovada uma emenda constitucional que prevê uma carreira para eles e desta forma poderão ir em busca de mais direitos, como um piso salarial. As estimativas são de que, cerca de 300 mil profissionais venham a ser beneficiados em todo o nosso país.