A questão alimentar de da realização de atividades físicas de maneira regular há muito tempo já vêm sendo discutida. Isso porque com o aumento da expectativa de vida e com as melhorias no cotidiano das pessoas estudos importantes começaram a trazer os efeitos negativos que uma má alimentação e o sedentarismo podem trazer.
No entanto, ao longo dos anos esses estudos acabam por, muitas vezes, se contradizer em alguns aspectos, sobre algo que antes era considerado bom e na atualidade é considerado ruim e vice-versa. Uma das questões mais controversas e que ganham muito a atenção das pessoas é a relação da dieta com a doença aterosclerótica. Durante muito tempo uma refeição baseada em gorduras de origem animal e em alimentos ricos em colesterol foi sinônimo de formação de placas de ateroma nas artérias, favorecendo o aparecimento de doenças coronarianas. Além disso, a questão de a obesidade ser causada por uma dieta rica em gorduras também foi algo por muito tempo consagrado na comunidade científica e isso era tão forte que uma das prevenções da obesidade era a realização de uma dieta com menos calorias, o que igualavam com cerca de trinta por cento a menos de gordura.
O que mudou um pouco de uns tempos para cá foi justamente essa questão da ingestão de gorduras como a culpada pela epidemia de obesidade que temos atualmente. Há estudos que revelam que a presença de gordura animal em uma alimentação não necessariamente aumenta o risco de doenças coronarianas, nem o aumento de colesterol sérico e nem o risco de obesidade. Inclusive dietas ricas em proteínas e gorduras, em detrimento dos carboidratos, podem auxiliar em muito o processo de emagrecimento.
Atualmente tem se difundido muito por meio das redes sociais e sites na internet sobre as dietas chamadas low carb. Além de ela não condenar as gorduras de origem animal, como era feito anteriormente, ela não se foca na quantidade de calorias diárias consumidas, o que também vai de encontro com o que foi por muito tempo um consenso mundial. Outro ponto também é a periodicidade das alimentações. A estratégia low carb apresenta a ideia de que devemos nos alimentar no caso de sentirmos fome. Ponto. E não que precisamos de intervalos restritos para nos alimentarmos, como de três em três horas, por exemplo, para o bom funcionamento do nosso organismo e um melhor metabolismo.
A questão dos alimentos permitidos no cardápio low carb também favorece essa não restrição de horários, uma vez que quando você se alimenta, os alimentos consumidos promovem bastante saciedade, o que faz com que a alimentação periódica se torne desnecessária. O foco principal é a retirada de alimentos do tipo carboidrato, que contém farinha de trigo, açúcares refinados e outros componentes decorrentes da industrialização e processamento dos alimentos.
Sendo assim, todos os tipos de alimentos que são “comidas de verdade” estão liberados e os carboidratos naturais estão inclusos, como batatas e mandioca, por exemplo, porém em menor quantidade. Mas com uma alimentação assim a ingestão de carboidratos é muito menor do que seria a natural da pirâmide alimentar clássica. Logo, a saciedade permanece constante por um período muito maior de tempo devido à redução de açúcares presente no sangue.
Há algumas variações de cardápios low carb e ao chegar em uma ingesta muito mínima de carboidratos, cerca de menos de dez por cento da dieta, o organismo entra em um estado chamado de cetose, onde ocorre grande queima de gordura. Esse tipo de dieta inicialmente foi idealizado para casos de doenças neurológicas, como a epilepsia, por exemplo, uma vez que para esses casos, uma dieta que promove cetose tende a reduzir em muito o número de crises epilépticas nesses pacientes.
Já com relação aos exercícios físicos, o que foi verificado há muitos anos, permanece com poucas alterações. De fato, exercícios regulares tendem a reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a melhorar o quadro das pessoas que já apresentam essas doenças.
Há estudos que revelam que os exercícios não precisam ser realizados com tamanho rigor. Praticar caminhadas por pelo menos três vezes durante a semana, com cerca de apenas vinte minutos de duração já trazem enormes benefícios aos praticantes. Isso, claro, com relação aos exercícios aeróbicos, que promovem aumento do ritmo cardíaco durante sua execução, como se você estivesse exercitando o próprio coração.
Esse exercício do músculo cardíaco promove uma redução em cerca de cinquenta por cento de chances de desenvolver alguma doença cardiovascular, o que inclui o aparecimento de varizes e a formação de coágulos que podem causar trombose e até mesmo embolia pulmonar. Além disso, realizar atividades de maneira regular exercita músculos e promove uma proteção para o desenvolvimento de osteoporose a longo prazo, embora quem já apresente essa doença seja preferível a realização de musculação.
Outro benefício da realização de atividades físicas regulares é para a saúde mental. Uma vez que se realiza atividades aeróbicas, há a liberação de serotonina, uma substância responsável pela sensação de bem-estar e está relacionada com o sentimento de felicidade. Assim, a atividade física previne a depressão, uma doença cada vez mais comum na atualidade. Ademais, há estudos sobre a prevenção de Alzheimer a partir da realização de atividades físicas regulares e também de outros tipos de demência.
A prática de atividades físicas do tipo aeróbicas também está relacionada com a melhora do desejo e desempenho sexuais, sendo que a causa pode ser tanto pela melhora do condicionamento físico como pelo sentimento de bem-estar relacionado à serotonina, como já foi dito anteriormente. A redução do risco do desenvolvimento de câncer também se relaciona com a melhora dos diversos sistemas do organismo quando se realiza atividades físicas de maneira regular e adequada.
Com relação a redução de peso e a queima de gorduras localizadas, também permanece o que há muitos anos é um fato. A realização de corridas, pedaladas e até mesmo caminhadas é fundamental para a queima de gorduras e auxilia no processo de emagrecimento de maneira segura e saudável, o que é o mais importante.