Síndrome da Bexiga Hiperativa

Bexiga Hiperativa – O Que é?

O problema de bexiga hiperativa tem como característica ser formado por sinais e sintomas, sendo assim consiste numa síndrome. O sintoma mais relevante é a urgência de urinar, um indivíduo com essa síndrome pode sentir necessidade igual ou superior a oito vezes num período de 24 horas.

Pode acontecer ainda desse indivíduo acordar duas ou mais vezes para urinar durante a noite. Para alguns pacientes pode acontecer a perda urinária em decorrência da emergência de urinar. Basicamente esse problema pode ser definido como sendo a urgência de urinar junto ou não com incontinência. Há ainda o aumento da frequência urinária sem que haja uma explicação patológica ou de fatores metabólicos.

Perfil de Quem Sofre de Bexiga Hiperativa

A faixa etária em que esse problema se mostra mais manifesto é aquela de indivíduos entre 40 e 44 anos de idade. A estimativa é de que o problema atinja 3% dos homens e 9% das mulheres. Já em pessoas que tem mais de 75 anos essa prevalência aumenta para 42% nos homens e 31% para mulheres.

Vida Social

O problema de bexiga hiperativa pode acarretar em prejuízos sociais causando até mesmo isolamento social e ansiedade. Os indivíduos que sofrem dessa doença podem passar por depressão e até mesmo redução da autoestima. Ter que acordar durante a noite para urinar ocasiona distúrbios do sono que podem tornar o indivíduo mais cansado e com uma baixa produtividade.

Consequências de Bexiga Hiperativa

A bexiga hiperativa pode acarretar numa disfunção irreversível da musculatura detrusora da bexiga bem como mudanças na forma como ocorre o esvaziamento vesical. O trato urinário pode passar por deterioração, nos casos de pacientes que sofrem de espinha bífida ocorre uma deterioração da função renal se não há o devido tratamento. As consequências da bexiga hiperativa podem variar desde mudanças benignas até casos mais sérios de insuficiência renal crônica.

Causas da Bexiga Hiperativa

As possíveis causas da bexiga hiperativa podem ser divididas em três grupos principais que são: congênitas, adquiridas e idiopáticas.

Congênitas – Nesse grupo podemos incluir defeitos congênitos presentes no tubo neural dentre os quais podem estar espinha bífida, lipocele, lesões espinhais que estão ocultas e agenesias sacrais.

Adquiridas – Também tem causas adquiridas dentre as quais estão as traumáticas que podem ser ocasionadas por trauma crânio-encefálico, lesões de nervos periféricos entre outros; as infeciosas como mielites e meningites; as doenças degenerativas como tumores, esclerose múltipla e Guilain Barré; as doenças vasculares como dianetes e AVC bem como doenças inflamatórias. Também pode ocorrer bexiga hiperativa após uma cirurgia ou após a realização de radioterapia.

Idiopática – Num grupo de pacientes de bexiga hiperativa não é possível identificar o motivo da doença.

O Problema na Prática

Na prática a bexiga hiperativa se caracteriza pela necessidade urgente de urinar que pode causar perda urinária, ou seja, incontinência. Os sintomas tem ligação com contrações involuntárias do músculo detrusor. As contrações nem sempre podem ser demonstradas, contudo, elas costumam aparecer no momento em que ocorre o enchimento vesical e então aumentam a pressão dentro da bexiga. Se a pressão no interior da bexiga se torna maior do que a pressão feita pelo esfíncter acontece as perdas urinárias.

Contrações Involuntárias

As contrações involuntárias podem acontecer por atividades neurológicas, não-neurológicas ou mesmo idiopáticas. A doença pode ocorrer em pessoas que possuem alterações neurológicas em algum nível no sistema nervoso central que tenha alguma relação com a urina. Os pacientes que sofrem de bexiga hiperativa e não possuem nenhum tipo de lesões neurológicas representam uma grande dificuldade para os médicos.

Eles passam então a estar no grupo de portadores de bexiga hiperativa idiopática. Existem algumas possíveis explicações para a fisiopatologia dessa doença dentre as quais estão a maior sensibilidade da musculatura detrusora à acetilcolina, redução do controle de inibição do SNC bem como o aumento das fibras sensitivas e ainda existência de lesões neurológicas que podem ser identificadas através de exames.

Implicações Clínicas das Contrações Involuntárias da Bexiga Hiperativa

As contrações involuntárias podem além de causar os sintomas de urgência de micção também chegar num ponto de pressão intravesical que é maior que a pressão de saída (pressão uretral) de maneira a causar a incontinência. Também podem ocorrer danos na musculatura vesical de maneira a causar lesões nas fibras musculares do detrusor.

As Funções na Bexiga

Basicamente a bexiga conta com duas funções básicas que são realizar o armazenamento da urina sob uma pressão baixa e realizar o esvaziamento da urina que foi armazenada periodicamente e de maneira coordenada e eficaz. Ambas funções são determinadas pela musculatura lisa e estriada da bexiga, da uretra e do esfíncter uretral.

Existem diversos circuitos neuronais do cérebro bem como da medula espinhal que fazem o controle dessas funções. Para que as duas funções sejam realizadas de maneira correta pela bexiga é importante que o sistema neurológico esteja íntegro. As crianças, por exemplo, não tem maturação do sistema nervoso central pós-natal de maneira que o controle passa a ser feito circuitos neurológicos reflexos.

Funcionamento da Bexiga na Fase de Enchimento

No processo de enchimento vesical a bexiga acaba acumulando uma quantidade muito grande de urina e tem a realização da manutenção em períodos de tempo muito curtos. Durante esse enchimento a atividade é de controle do sistema nervoso simpático que tem origem nos núcleos intermediolaterais. Os efeitos que se destacam são os de inibição da atividade parassimpática bem como a contração da musculatura lisa da uretra.

Ao mesmo tempo acontece o estímulo da musculatura estriada da uretra bem como do assoalho pélvico o que faz com que aconteçam as contrações delas. A pressão da uretra se mantêm maior do que a pressão vesical devido as contrações da musculatura do esfíncter externo junto com as do esfíncter interno. Basicamente descrevemos como se dá o mecanismo da continência. Quando a resistência uretral se mantém maior do que a pressão intravesical não ocorre o fluxo de urina. Se existem problemas ou mesmo a pressão vesical fica anormal pode acontecer o fluxo de urina durante as fases iniciais do enchimento.

Definição do Problema

Também conhecida como Bexiga Nervosa, a Síndrome da Bexiga Hiperativa é um problema que pode levar a pessoa à noctúria, ou incontinência urinária noturna, por um problema relacionado à incapacidade de armazenar a urina. De acordo com especialistas, essa síndrome provoca, principalmente na mulher, uma contração na bexiga, proporcionando a sensação dela estar sempre cheia, fazendo com que a mulher  tenha vontade de urinar várias vezes, mesmo apresentando pouco líquido na bexiga.

Bexiga Hiperativa

Bexiga Hiperativa

Segundo profissionais especializados em fisioterapia, muitas vezes o problema pode ser controlado por uma variedade de exercícios que podem ser realizados  dentro da própria residência, sendo que antes é preciso uma avaliação do paciente pelo profissional. O prognóstico é bom, já que os especialistas informam que em média noventa dias as pacientes já conseguem ter mais força, e já mesmo nas primeiras sessões algumas melhoras já podem ser percebidas. Os especialistas orientam que esse caso é relativamente simples de controlar, porém, o problema se torna mais grave quando são detectados fatores psicológicos.

Salete Dias

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Categoria(s) do artigo:
Medicina

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