O Que É Dengue

A dengue é uma doença infecciosa tropical, causada pelo vírus da dengue, que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Foram reconhecidos, até o momento, quatro tipos diferentes de vírus da dengue. Ao ser infectado por um dos tipos de vírus, o individuo fica imune a ele pelo resto da vida, e temporariamente imune aos demais tipos de vírus; a imunidade temporária conferida naturalmente pela exposição à doença é o motivo pelo qual as epidemias de dengue costumam ser cíclicas, ocorrendo em períodos espaçados ao invés de todos os anos.

No Brasil, os sorotipos 1 e 2 são responsáveis pela maioria dos casos de dengue, embora a epidemia de dengue do ano de 2002 tenha sido causada por contágios do vírus de sorotipo 3.

Mosquito da Dengue

Mosquito da Dengue

História da Dengue

O primeiro registro que se tem de dengue (embora não se possa ter certeza absoluta quanto a doença) é da China, no século III, aonde surgem relatos de um “envenenamento por água” associado a insetos voadores. O primeiro caso confirmado é do final do século XVIII, quando uma epidemia da doença assolou a Ásia, a África e a América do Norte.

Em 1906, foi confirmado que a transmissão da doença se dava através do mosquito Aedes Aegypti  (ou outros mosquitos da família Aedes), e no ano seguinte foi confirmada que a doença era causada por um vírus, sendo a segunda doença que provou-se ser causada vírus.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dengue tornou a espalhar-se pelo mundo após um longo período sem grandes epidemias. Existem diversas teorias para isto, desde o desmatamento até a mutação viral que aumentou a possibilidade da doença de contagiar aqueles que já tinham anticorpos contra a doença.

Cuidados com a Dengue

Cuidados com a Dengue

O primeiro caso de dengue hemorrágica foi registrado nas Filipinas em 1953. Nos anos 70, já era uma das maiores causas de mortalidade infantil na região, e já tinham sido registrados casos deste tipo de dengue no Pacífico e nas Américas.

O desenvolvimento da dengue no Brasil é bem documentado através de fontes históricas e oficiais. A primeira epidemia no país ocorreu em São Paulo, em meados do século XIX. No Rio de Janeiro, a doença só alastrou-se setenta anos depois, em 1923.

Durante as campanhas para a erradicação da febre amarela, a dengue tornou-se uma doença de pouco alcance no país, já que os esforços para conseguir evitar o contágio da febre amarela envolviam a eliminação dos mosquitos que a transmitem, e também a dengue.

A dengue voltou a ser um problema de saúde pública em meados da década de 1980. Entre 1986 e 1999, foram registrados mais de um milhão de casos da doença, atingindo 19 dos 27 estados da federação, sendo os estados do sudeste os que mais registram casos de dengue. Os anos de 1998, 2002 e 2008 registraram as últimas grandes epidemias de dengue no país.

Confira uma entrevista do Dr. Drauzio Varella:

Transmissão

A dengue é transmitida de um humano para outro através dos mosquitos da família Aedes, sobretudo o mosquito Aedes Aegypti. Este tipo de mosquito deixa seus ovos dentro da água, especialmente em água limpa e parada, e as larvas que de lá saem vive na água por cerca de uma semana antes de tornarem-se adultos.

Apenas a fêmea da espécie transmite a doença, e seu ciclo de vida é de cerca de 45 dias após a eclosão dos ovos. O animal pode carregar o vírus por até 15 dias, o que possibilita que muitas pessoas sejam infectadas por um único mosquito.

Este tipo de mosquito precisa de calor e umidade para sobreviver (em torno de 30ºC), e raramente aparece quando a temperatura está abaixo dos 16 graus, motivo pelo qual a doença é mais frequente no verão e na entrada da estação de chuvas, quando a temperatura continua elevada e a umidade sobe.

Geralmente, são mais ativos nos períodos do fim da tarde e inicio da manhã, evitando os momentos de maior calor do dia. Podem, também, ser encontrados em ambientes escuros e frescos, como embaixo de mesas e em escadas, durante todos os horários do dia. Algumas variações podem picar durante a noite, mas raramente mantém-se ativos em ambientes com ar condicionado pelo ar frio e seco.

Prevenção à Dengue

Prevenção à Dengue

Sintomas

Os sintomas da dengue comum são de leves a moderados, e não provocam grandes riscos a saúde de adultos, embora possam ser mais sérios e até fatais para idosos e crianças. Eles incluem:

  • Febre
  • Dores nas articulações e músculos, especialmente das costas
  • Dores de cabeça, sobretudo na região atrás dos olhos
  • Mal estar

Paralelamente a isso, podem aparecer:

  • Manchas avermelhadas na pele
  • Inchaço dos gânglios
  • Náusea
  • Diarreia
  • Vômito

Estes dois últimos sintomas podem levar a desidratação, e são particularmente perigosos para crianças e idosos que tem mais facilidade de perder água por conta da pele mais fina e delicada.

Nos casos de dengue hemorrágica, os sintomas incluem:

  • Dor abdominal contínua
  • Pressão baixa ou convergente
  • Desconforto respiratório
  • Extremidades geladas e/ou hipotermina
  • Vômitos constantes
  • Letargia
  • Diminuição do volume de urina.

Os sintomas persistem por até sete dias, desaparecendo depois, embora o ciclo inteiro do vírus dure 14 dias.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por um profissional de saúde através da análise dos sintomas, e também pode ser confirmado através de testes laboratoriais. No entanto, estes testes somente dão positivo a partir do sétimo dia após o contágio, apesar dos sintomas poderem aparecer a partir do segundo dia. Coriza, entupimento das vias aéreas e catarro são definidores de que o caso não se trata de dengue, pois a doença nunca apresenta estas características.

Abaixo segue um vídeo sobre Prevenção e Diagnóstico à Dengue:

Tratamento

Para os casos mais simples e comuns da doença, o tratamento é feito de forma apenas paliativa, para aliviar os sintomas. O recomendado é que o paciente ingira muito liquido (não-cafeinado), evitando café, leite e refrigerantes que podem agredir ainda mais o estômago. Em pacientes com maior perda de líquido, é recomendado o uso do soro caseiro.

O repouso é essencial para a recuperação. Não é indicado o uso de medicamentos baseados dipirona, ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios, que podem aumentar as chances de hemorragia e queda excessiva de pressão (tais como dorflex, novalgina, alivium, etc). O medicamento mais usado é o paracetamol, que não traz efeitos colaterais.

Toda a medicação deverá ser recomendada diretamente por um médico, e em suspeita de caso de dengue hemorrágica, deve-se procurar imediatamente um serviço de emergência.

Confira as dicas de um Infectologista sobre o Tratamento da Dengue:

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